Os que estão vivos só têm uma certeza: a morte. Essa estranha sensação de que tudo pode acabar em segundos é algo angustiante. A morte está mais próxima do ser que necessariamente a vida. O temor de não mais existir talvez seja comparável ao de não saber o depois...será que haverá um depois? Tantos e tantos amigos já se foram e nada além daquele sentimento de vazio, das lembranças, essas memórias que os tornam vivos em uma espécie de virtualidade, mas eles não estão mais aqui. Talvez o nosso encontro com o outro lado esteja no próximo segundo, no piscar de olhos que não teremos chances de executar. Um amigo, há muito que não o via, faleceu por esses dias. Ao saber desse fato fiquei com a sensação da ausência, de não mais poder trocar longas conversas entre uma e outra cerveja. Ausência de um grande amigo que eu sempre poderia contar e agora não tenho nada mais que memórias; apesar de desconhecer o depois, o além da morte, peço aos deuses do destino, da natureza, um bom descanso para esse amigo. Enquanto eu que aqui permaneço, triste ser de boas lembranças, vou contando esses segundos que me restam.
terça-feira, 21 de julho de 2009
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