terça-feira, 30 de março de 2010

Poemeto para uma dor sem cura

Não sei ao certo
Se desperto 
Ou espero....
...Contando os silêncios 
Desse amanhecer. 

Um cartaz bacana

segunda-feira, 29 de março de 2010

Where is my mind????

Pometo para um tempo distante

Meus olhos já cansados
Desses olhares
Buscam horizontes de paz.
Meu corpo...esgotado de tudo
Procura abrigo no silêncio.
Ah! Se tudo fosse um sonho
E não o pesadelo...
As estrelas seriam letras
Escrevendo o nome Paz
No céu da noite mais densa!

(Des)Considerações sobre tudo e o nada!

Quantos falam sobre o amor e dele nada entendem.
Alguns dizem algo sobre o prazer e dele não sabem da metade.
Os homens não entendem quase nada sobre as mulheres. As mulheres -por sua vez - dizem que os homens são indecifráveis.
As crianças reclamam dos adultos que já não sabem mais o que fazer com elas.
Os poetas choram por amores que não deram certos; sendo que nenhum poeta conseguirá saber o que é o amor certo...pois nunca o terá.
Pois sim...assim é a vida e tudo poderá ser resumido em nada. Se tivermos essa perspectiva de o nada ser o tudo, quem sabe não estaremos na metade do caminho.  

Poemeto de segunda

Em ti encontrei o meu destino...
Desatino, eu sei. 
Fizestes  pouco caso de mim 
Rindo de mim e do meu querer...assim. 
Vai...siga o teu caminho: 
Feliz... serei sozinho. 

quarta-feira, 24 de março de 2010

A existência cada vez mais triste...para ela poesia.


CANÇÃO DO AMOR IMPREVISTO

Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita...

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.

Mario Quintana

segunda-feira, 22 de março de 2010

Reflexões de um ser desenganado

* Todo amor é sujeito a um predicado.
*Quanto mais pede de mim menos tenho de ti. 
* A tristeza é a paga de todo sonhador. 
* O desencanto é o caminhos dos que amam.

Mais uma camiseta de um poemeto surtado e surgido em uma noite ex-traña

" A vida sexual da Mulher feia"


O Tortuosas Linhas Retas recomenda o livro   A vida sexual da Mulher feia da gaúcha Claudia Tajes. Um exemplo de sarcasmo da autora e um chute nos textículos e nas partes baixas dos politicamente corretos. A edição primeira é de 2005 e chegou a causar um certo engano nas leitoras, pois as mesmas achavam que era algo voltado para a auto-ajuda (sic)
Leiam e descubram que o bom humor é mais interessante que essa coisa de beleza...Beleza no caso só do texto.

terça-feira, 16 de março de 2010

Poema em Linha Reta


 
Fernando Pessoa
 (Álvaro de Campos)


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Tristeza...

Morrer é algo tão natural quanto o fato de estar vivo. O que torna essa coisa da morte estranha é quando a vida é abreviada por um ato de estupidez. Ato estúpido como o que tirou a vida de um dos maiores cartunistas desse país. Morrer é algo natural mas ainda assusta e nos tira pessoas geniais como o Glauco, assassinado por um medíocre, talvez até desconhecedor do talento raro deste que foi o criador do Geraldão, personagem fundamental das minhas
 leituras nos velhos anos 80's.
Mas agora não resta mais nada além da obra...a salvo em nossas memórias, nas revistas e na grande rede. Já que o Glauco não mais produzirá, ao menos nos resta apreciar o seu legado.
Que a família fique em paz - sabendo-se que esse é um momento de dor - e que possa superar essa triste passagem.
Descanse em paz, Glauco.
PS. A tirinha aí de cima é de um dos meus personagens prediletos criado pelo traço mordaz do Glauco.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Lulina - Maravilhosa surpresa nesse deserto chamado MPB

Já me basta
O teu contentamento...
Dele invento
Minha felicidade
Aqui, nessa cidade
Tudo é farsa
Nos olhares dessa gente morta
O teu contentamento
Já me basta...
O teu sorriso
Cheio de luz
Me seduz
E da tristeza me afasta...
O teu contentamento
Já me basta
E se dessa vida só me restam os espinhos
Já me bastam os teus carinhos.
O teu contentamento
Já me basta!

Tragicomédia

Perder de mim

O teu amor

Vai me deixar assim

Cheio de dor

Vou me encontrar

Nesse lugar ruim

Tão sozinho

Sem o teu carinho

O que será de mim?

Nas horas vazias

Cheias de agonia

Pensando em você

Não saberás

Não saberás do acontecido

E o meu destino será sofrer

Sofrer por esse teu querer adormecido

Vou sofrer

Sem teu amor

O meu caminho vai ser de dor...

... Meu amor.

Um lugar calmo para pessoas nervosas

Foto: Kastrowiski

quarta-feira, 3 de março de 2010