quarta-feira, 24 de março de 2010

A existência cada vez mais triste...para ela poesia.


CANÇÃO DO AMOR IMPREVISTO

Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita...

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.

Mario Quintana

3 comentários:

  1. Lindo, Mario Quintana
    é incomparável!!

    bjusss...

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  2. Oi, Kastrowiski, muito obrigada pelo post sobre o meu livro! Teu blog é ótimo, valeu pela passada lá no Sarau Elétrico. Um beijão e até.

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